sábado, 18 de setembro de 2010

Como fazer Avaliação?Por que?



Como avaliar?
Por que avaliar?
Nesta época, começam a pipocar dúvidas e a procura por modelos de pareceres e dicas sobre a avaliação na educação infantil. Com o propósito de ajudar e trocar "figurinhas", deixo aqui, um pouquinho do que tenho sobre este tema.
Minha avaliação é ampla e eu procuro destacar sempre a área onde a criança mais se destaca.
Os itens a serem observados são muitos, mas podem ser sintetizados entre área motora, soiafetiva e cognitiva. Dentro destes três itens podem ser observados vários outros subitens. Ainda é possível agregar uma parte sobre o comportamento (higiene e saúde).


1. ASPECTOS FÍSICOS: expressão corporal, harmonia, equilíbrio, ritmo, coordenação, organização espacial ampla, uso e aplicação da força.
2. ASPECTOS SOCIAIS: interatividade, participação compartilhada, regras, disciplina, organização, trabalho em equipe, responsabilidade.
3. ASPECTOS EMOCIONAIS: experienciar muitos e novos sentimentos, desde a alegria das vitórias e conquistas até o sabor da derrota e da perda, sendo valorizada cada manifestação e expressão dos sentimentos.
DEIXO ABAIXO, UM TEXTO QUE FIZ SOBRE ESTE TEMA:
A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
“ Professor nenhum é dono de sua prática se não tem em mãos, a reflexão sobre a mesma. Não existe ato de reflexão, que não nos leve a constatações, dúvidas e descobertas e , portanto, que não nos leve a transformar algo em nós, nos outros e no mundo”
Madalena Freire
Avaliar na educação infantil tem como objetivo único acompanhar o desenvolvimento da criança , esta avaliação não poderá ser realizada como forma de medir conhecimentos, mas como ponto de partida para novas descobertas, servirá como diagnóstico das necessidades dos alunos, ao mesmo tempo em que será usada pela educadora como uma forma de nortear a sua prática, esta avaliação também deve fornecer aos pais, um relato da evolução das capacidades da criança. A avaliação será feita com base no acompanhamento, observação e registro do educador em relação ao desenvolvimento e progressos de seus alunos. Não deve possuir caráter rotulador ou quantitativo, deve sim, servir como fonte de reflexão e análise, para que possamos perceber até onde chegamos e o que ainda precisamos buscar.
Para o aluno a avaliação é apenas um modo de conhecê-lo melhor, suas habilidades e suas deficiências, para a educadora ela deve ser uma forma de percepção de sua prática e deve apontar modos de aprimorá-la, ao avaliar não devemos nos deter nesta ou naquela área, mas em todas as competências dos nossos pequenos. Para os pais ela é uma forma de acompanhamento dos progressos e das dificuldades apresentadas pelos pequenos, para que possam, junto com a escola e professora, buscar caminhos que favoreçam o desabrochar e o crescimento integral de seus filhos. É bom lembrar que, não existe uma forma padrão de avaliar o grupo, cada criança deve ser avaliada de forma individual, de acordo com suas competências, evoluções e dificuldades, cada aluno é parâmetro de si mesmo, por isso, quando estamos avaliando temos que nos livrar das comparações e dar ênfase aos progressos individuais.
Jussara Hoffmann afirma que, “ A avaliação em educação infantil precisa resgatar urgentemente o sentido essencial de acompanhamento do desenvolvimento infantil, de reflexão permanente sobre as crianças em seu cotidiano como elo da continuidade da ação pedagógica. O conhecimento de uma criança é construído lentamente, pela sua própria ação e por suas próprias idéias que se desenvolvem numa direção: para maior coerência, maior riqueza e maior precisão. Portanto, mediar a ação educativa, significa para o educador a abertura de entendimento a essas permanentes possibilidades, consciente de que as suas expectativas podem não corresponder às formas peculiares e próprias da criança responder às situações.” É comum ao professor padronizar os itens que serão avaliados e rotular alunos que não conseguem corresponder os objetivos propostos ou que não respondem de forma esperada as atividades sugeridas.
Qualquer parecer descritivo deve ter por de trás, um relatório que concentre as anotações referentes ao acompanhamento de cada criança , no contexto individual e nas suas relações com o meio. Vigotsky valorizava a linguagem escrita porque afirmava que ela era mais reflexiva do que a oral. Sendo a escrita uma representação da fala, ela exige uma reorganização do pensamento, uma maior reflexão e conexão entre as idéias defendidas. Portanto, os relatórios de avaliação representam a análise e a reconstituição da situação vivida pela criança na interação com o professor. Eles representam, ao mesmo tempo, reflexo, reflexão e abertura de novos possíveis.
Professora Márcia de Oliveira Soares


DICA:
1 - Tenha sempre em mãos, um caderno que funcionará como "anedotário", não conte apenas com suas lembranças, pois esquecemos de detalhes.
2- Leia, entenda e reflita sobre as fases do desenvolvimento da linguagem, da fala, da escrita, do desenho, etc... pois, para avaliar é preciso entender como estes processos funcionam e como a criança elabora seu pensamento, do contrário, podemos fazer uma análise equivocada.


ALGUNS ITENS PARA COLOCAR NO ANEDOTÁRIO
Novidade
Participação
Interação
Autonomia
Preferências
Colaboração
Característica
Como se comporta nas atividades
Como se relaciona com colegas/educadora
No que se destaca ( no pátio, na dança, nas atividades matemáticas, ativ. De linguagem, nas atividades artísticas ou musicais etc...)

1.Como chega à escola?
2.Como se adapta ao ambiente?
3.Como se alimenta?
4.Como brinca?
5.Como se relaciona: colegas/educadora
6.Como está se movendo?
7.Como se comunica?
8.Atende as solicitações da educadora?(guarda-guarda)
9.O que faz quando contrariado?
10.Identidade:Reconhece os colegas?
11.Se identifica pelo nome,sua imagem no espelho?
12.Gosta dos colegas e os identifica?
13.Tem capacidade de resolver conflitos e tomar iniciativas?
14.É crítica e criativa?Curiosa e inventiva?
15.É participativa e cooperativa?




Fonte:http://www.cantinhodaeducacaoinfantil.com.br

Coloco também, uma ficha de auto-avaliação, para quem trabalha com alunos maiores.

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